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Pietro Amaro jogará High School nos EUA!

  • Foto do escritor: Arthur Salazar
    Arthur Salazar
  • 29 de jun.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 29 de jun.

Pietro Amaro é um ala de um 1.88m de altura, e 1.92m de envergadura, que deixa o Corinthians pra jogar por Montverde na Flórida, o mesmo colégio de Cooper Flagg; Cade Cunningham e outros craques da nova geração. Aliás, Montverde acaba de ter seu último quinteto de graduados, escolhidos em sua totalidade no Draft da NBA. É a High School que mais forma jogadores para a Liga.


O brasileiro vai disputar por uma vaga no time principal do projeto nos próximos anos, sendo um dos mais novos do elenco. Pietro é da classe de 2028, o que significa que ele vai entrar pro College com só dezoito anos, e não vai ter que fazer qualquer adaptação acadêmica que podia atrasar esse processo. Situação rara, que coloca o jovem em uma posição mais promissora na busca por espaços.


Em quadra, Pietro é um ala bastante técnico que entende o jogo de espaços e impacta com um chute interessante e consistente. A fundação é boa e serve bastante pra projetar um jogador que lê as ações dos dois lados, traz espaçamento com gravidade de fora e conecta os pontos com bom aproveitamento sem depender de um volume de jogo excessivo.


Nos Estados Unidos, Pietro deve dar um salto no físico que é ponto-chave pra a gente entender de fato o basquete que ele pode construir. Se conseguir se adaptar aos níveis mais altos que Montverde oferecem de competição, Pietro vai ser um nome que vale atenção pro ciclo da Seleção 2010, que começa com o Sul-Americano sub-17 em 2027.


Até lá, ele fica no radar como um dos poucos brasileiros em um dos maiores projetos de elite do colegial estadunidense. Pietro chega pra Montverde em agosto, e pode estar no Corinthians no Brasileiro Sub-15 ainda nessa temporada.


Abaixo, Pietro fala a sua perspectiva sobre o momento único que vive e projeta seu futuro na Flórida.


O que você mais aprendeu no Corinthians e no Paulistano? Como você analisa seu tempo de desenvolvimento no Brasil?

Iniciei no basquete competitivo aos 12 anos, jogando pela Federação Paulista de Basquete. Nesses quatro anos, passei por grandes times com forte tradição no esporte, como o Paulistano e o Corinthians. Ambos foram muito importantes para o meu desenvolvimento e amadurecimento, com treinos intensos e jogos desafiadores, onde pude aprimorar diversos fundamentos do basquete. Não só nesses dois grandes clubes, mas também ao longo de toda a minha jornada, contei com o apoio de vários treinadores que acreditaram em mim e não deixaram que eu desistisse. Consegui transformar todas as dificuldades e obstáculos enfrentados no caminho em motivação para seguir em frente e manter a cabeça erguida. Atualmente no Corinthians, vivo um momento muito especial, colocando em prática o meu jogo e crescendo cada vez mais em quadra.”


Como é receber a oportunidade de jogar em Montverde? Como você lidou e recebeu essa chance?

“É maravilhoso poder realizar o sonho de jogar nos EUA, especialmente na Montverde, um lugar com uma estrutura incrível e que também formou diversos jogadores da NBA, os quais me inspiram muito. Estudar e jogar nos Estados Unidos foi uma decisão difícil, por conta dos desafios de estar em outro país, longe da família e em uma cultura diferente. Visitamos diversas escolas, buscando não somente o melhor para o basquete, mas também pelo acadêmico. Me apliquei em três escolas diferentes e fui aprovado em todas, uma delas sendo a Montverde. Quando recebi a carta de aprovação, foi um momento de muita alegria, mas também o início de uma decisão difícil na minha vida, que só tomamos meses depois, após muita reflexão em família. Agora, prestes a embarcar, confesso que estou com frio na barriga, mas sem dúvida, muito feliz por ter essa oportunidade, e pronto para dar o meu melhor.”


⁠Quais são as expectativas pros EUA? Onde você quer estar em cinco anos?

“No Brasil minha maior dificuldade é conciliar o basquete competitivo e os estudos, e agora indo para os EUA minhas expectativas são de aproveitar ao máximo toda a estrutura e os profissionais de basquete para me desenvolver no mais alto nível competitivo para ingressar em um College D1 e, durante essa jornada, gostaria muito de ter a oportunidade de representar a seleção brasileira.”


⁠Quem é sua referência em quadra? E fora de quadra?

“Minhas maiores referências fora de quadra são meus pais. Eles são a minha base de tudo, me deram valores e me ensinaram a ser quem eu sou. Sempre estiveram comigo em todos os momentos da minha vida, dos mais felizes aos mais difíceis, ao meu lado, me apoiando para que eu possa realizar o meu sonho. Não posso deixar de dizer que, de longe, eles são a minha maior referência. Dentro de quadra, minha inspiração brasileira é o Gui Santos ele me faz acreditar que é possível chegar no mais alto nível da elite do basquete. Fora do Brasil, são Carmelo Anthony que me inspira pelo seu jogo muito interessante, diversificado, consistente e imprevisível e Kobe Bryant pela mentalidade de competir sempre buscando sua melhor versão.”

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Falo de basquete, de base; masculino e feminino; do Brasil; da Europa; da NBA.

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