Um dos melhores jogadores no Brasil, de uma das melhores gerações dos últimos anos, Pietro Melo é raro. O armador de 1.86m de altura, estreou com 15 anos no time adulto do Corinthians e fechou o ano na base com o segundo título nacional consecutivo do projeto alvinegro. Antes dele, o Timão não tinha nenhum. Assim, e com jogo de criação de vantagem extremamente apurado, pintou no radar do Paulistano e de um velho conhecido. Renan Custódio, treinador que lançou Pietro algumas categorias acima no Parque São Jorge, fechou o negócio.
Pietro é um armador com muita facilidade em pisar no garrafão, com criatividade munida de consciência nas escolhas que faz. 55.4% de média de dois pontos no estadual sub-16 em 2024, 34.4% de longe e 81.6% do lance. No geral, 17.6 pontos por partida durante a campanha que terminou com o vice-campeonato na edição, e reforçou a posição de Pietro como um adulto em meio a meninos.
Para o Paulistano, ele chega como o grande reforço para o CBI-17 e estadual sub-18. Historicamente, o CAP investe pesado a partir dessa categoria e monta verdadeiros super-times quando se trata de competir nos estágios mais próximos da profissionalização. A expectativa é de Pietro como protagonista na sua categoria, e destaque subindo, em ano de Seleção Brasileira para os nascidos em 2008. Sobre isso, tudo e mais um pouco, ele fala do momento e da mudança.
ENTREVISTA
Campeão brasileiro Sub-15 e Sub-17 pelo Corinthians, com direito a MVP das finais no CBI-17, e títulos estaduais no Sub-15; Sub-18 e Sub-20. Como você avalia sua trajetória no Timão? O que você tira da passagem no Parque São Jorge?
“Acho que foi uma ótima trajetória. Em 2023, foi um ano de adaptação ao basquete paulista, onde tive muitos aprendizados com a Rosana, que me instruiu muito. Me incentivou quando era a hora, me deu broncas quando foi preciso, tudo isso buscando minha evolução. Tive já nesse primeiro ano bons resultados: campeão estadual sub-15, vice-campeão metropolitano sub-15; campeão do CBI-15 e também fui campeão brasileiro de seleções sub-16. Sinto que, em 2024, continuei evoluindo e aprimorando meu jogo e acho que isso foi por estar treinando com os mais velhos. No início do ano, foi combinado que eu jogaria o sub-16 e o sub-18. Depois de alguns bons jogos, comecei também a fazer parte do sub-20 e também tive a oportunidade de jogar uma LDB. Também pude fazer parte do grupo profissional, treinando e tendo a oportunidade de estar no banco em alguns jogos do paulista e também do NBB. No geral, vejo que foi um ótimo ano e de muita evolução. O Corinthians foi um clube que me recebeu muito bem e tenho um carinho enorme e também muita gratidão por todas as experiências que vivi aqui e também por todas as pessoas que de alguma forma estiveram comigo durante esses anos e contribuíram pro meu crescimento. Agradeço também ao Ricardinho, o Guilherme Filipin e o Jece pelas oportunidades que me deram.”
O que te motivou a escolher o Paulistano em meio a tantas sondagens recebidas no mercado? O que você almeja no CAP?
“O que me motivou a escolher o CAP foi tentar novos desafios pra minha carreira. Entendo que essa escolha vai me trazer mais responsabilidades, mas acredito também que tenho me preparado pra esse momento. No CAP penso em continuar evoluindo meu jogo e contribuir com bons resultados nesse próximo ano. Também quero me preparar pra conquistar um espaço para o grupo da LDB e também no adulto.”
Como está sua cabeça pensando em 2025: ano de LDB; seleção de base; CBI-17?
“Estou me sentindo bastante motivado e vou me preparar pra esses desafios de 2025. Tem os CBIs 17 e 19, LDB e o início do ciclo da Seleção Brasileira. Quero estar pronto pra auxiliar tanto o CAP como a Seleção Brasileira.”
O que te falta como jogador e qual é sua maior qualidade? Como você se vê impactando o jogo?
“Vejo que posso melhorar ainda mais minha defesa. Acredito que minha maior qualidade é a infiltração e arremesso. Também sou um cara que trabalha muito bem em grupo. Acho que posso impactar o jogo justamente criando esses espaços para meus companheiros com minhas infiltrações.”
Quem é sua maior referência?
“Os atletas que gosto muito e tenho como referência são o Marquinhos e o Paul George.”
Qual é sua maior sonho? Onde você se vê em cinco anos?
“Meu maior sonho é poder representar a Seleção Brasileira em uma Olimpíada. E daqui a 5 anos me vejo jogando no basquete universitário americano.”
Comments